Tapetão no futebol: o que aconteceu com Fluminense, Portuguesa e outros clubes
Conteúdo | 19/10/2024
Para começar, o termo "tapetão" é amplamente utilizado no futebol brasileiro para descrever decisões que acontecem fora das quatro linhas do campo e que alteram os resultados das competições. O "tapetão" refere-se a processos jurídicos ou decisões administrativas que mudam o rumo de um torneio, geralmente por conta de irregularidades, como a escalação indevida de jogadores ou falhas em registros.
Assim, ao contrário do que ocorre dentro de campo, onde as disputas são decididas pelos gols, no "tapetão", o desfecho dos campeonatos é alterado por meio de tribunais esportivos ou da justiça comum. Esse tipo de intervenção é sempre motivo de debates e polêmicas, já que as decisões judiciais podem favorecer um time que não conseguiu os resultados esperados em campo.
O que é o "tapetão" na política?
Além do futebol, a expressão "tapetão" também é usada em outros contextos, como na política. Nesse caso, refere-se a manobras judiciais ou administrativas que alteram o resultado de eleições ou o andamento de processos legislativos. Assim como no futebol, o termo traz à tona a ideia de que as decisões são tomadas em gabinetes e não por vias democráticas ou tradicionais. O uso do "tapetão" na política gera discussões sobre a legitimidade das decisões e se elas realmente refletem a vontade da maioria ou do processo eleitoral.
Casos famosos de "tapetão" no futebol brasileiro
Ao longo da história do futebol brasileiro, muitos clubes importantes já se beneficiaram ou foram prejudicados por decisões no "tapetão". Entre os casos mais comentados estão o Fluminense, a Portuguesa e o Bahia. A seguir, revisamos alguns dos episódios mais marcantes envolvendo o uso do "tapetão".
1. O Tapetão Fluminense e Portuguesa (2013)
Um dos casos mais emblemáticos aconteceu em 2013, quando o Fluminense se beneficiou de uma decisão judicial que rebaixou a Portuguesa. Na última rodada do Campeonato Brasileiro daquele ano, a Portuguesa escalou o jogador Héverton de maneira irregular, o que resultou na perda de quatro pontos na tabela. Essa punição colocou a Lusa na zona de rebaixamento, salvando o Fluminense, que havia terminado entre os últimos colocados. Esse episódio se tornou um símbolo do "tapetão" no futebol, consolidando a expressão "Tapetão Fluminense Portuguesa" no vocabulário esportivo.
2. Fluminense e o Rebaixamento em 1996
Outro episódio envolvendo o Fluminense ocorreu em 1996, quando o clube deveria ter sido rebaixado para a Série B. Após um desempenho ruim no Campeonato Brasileiro, o clube carioca acabou sendo salvo por uma mudança no formato da competição. Naquele ano, foi organizada a Copa João Havelange, que alterou a estrutura do campeonato e manteve o Fluminense na elite, mesmo com o desempenho inferior. Esse acontecimento levou muitos torcedores a se perguntar: Por que o Fluminense não jogou a Série B?
3. O Caso do Grêmio (1993)
Em 1993, o Grêmio também protagonizou um caso de "tapetão". Após ser rebaixado para a Série B, o clube conseguiu reverter a decisão através de um processo judicial, retornando à Série A no ano seguinte. O caso foi amplamente discutido e gerou controvérsias entre torcedores e especialistas. Assim, mais uma vez, o futebol brasileiro se viu envolvido em uma situação onde o desempenho em campo foi menos determinante do que a atuação fora das quatro linhas.
4. Bahia sobe no tapetão (2000)
Outro caso notório envolveu o Bahia, que conseguiu subir para a Série A em 2000 após uma série de decisões jurídicas. A disputa girou em torno da Copa João Havelange, onde questões administrativas e mudanças no regulamento permitiram que o clube se mantivesse na elite do futebol. Esse episódio ficou conhecido como "Bahia sobe no tapetão", consolidando mais um exemplo de como as decisões extracampo podem alterar o destino de clubes no futebol brasileiro.
5. O que foi o tapetão do Fluminense?
O Fluminense é frequentemente associado ao "tapetão" devido aos episódios de 1996 e 2013, ambos marcados por decisões fora de campo que evitaram o rebaixamento do clube. No caso de 1996, como mencionado, o Fluminense escapou da Série B graças a uma reestruturação do Campeonato Brasileiro. Em 2013, a equipe se manteve na Série A devido à punição da Portuguesa. Esses episódios geraram a pergunta: Por que o Fluminense não jogou a Série B? Esses eventos consolidaram a expressão "Tapetão Fluminense" como um dos exemplos mais conhecidos desse tipo de manobra no futebol.
6. Tapetão Flamengo
Outro clube envolvido em polêmicas de "tapetão" é o Flamengo. Ao longo de sua história, o time carioca teve seu nome envolvido em disputas judiciais e administrativas, especialmente em casos de irregularidades em campeonatos. Embora não tão comentado quanto os episódios envolvendo o Fluminense, o "tapetão" também faz parte da trajetória de outros grandes clubes brasileiros, incluindo o Flamengo.
O que significa tapetinho de futebol?
Enquanto o termo "tapetão" é amplamente utilizado para se referir a decisões tomadas fora de campo, o "tapetinho de futebol" tem um significado completamente diferente. Ele se refere ao campo sintético, geralmente utilizado em jogos amadores ou treinos, e é popularmente conhecido por sua superfície artificial que imita a grama natural. Embora os termos sejam parecidos, o "tapetinho" tem uma conotação bem mais neutra e técnica no mundo do futebol.
O impacto do tapetão no futebol brasileiro
É importante destacar que o "tapetão" no futebol brasileiro gera indignação entre torcedores, jogadores e especialistas. Isso acontece porque essas decisões acabam influenciando o resultado final dos campeonatos, muitas vezes prejudicando a integridade do esporte.
Além disso, os torcedores organizados frequentemente se manifestam contra essas intervenções jurídicas, argumentando que o futebol deve ser decidido exclusivamente dentro das quatro linhas. Decisões tomadas por tribunais ou órgãos administrativos, para muitos, afetam a credibilidade do esporte e criam um ambiente onde os méritos dentro de campo podem ser ignorados por questões legais.
O que é Paulistinha no futebol?
Outro termo polêmico no futebol brasileiro é o "Paulistinha", usado para se referir ao Campeonato Paulista de maneira depreciativa. O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, foi um dos responsáveis por popularizar essa expressão ao minimizar a importância da competição estadual, sugerindo que ela tinha menos valor em comparação ao Campeonato Brasileiro e à Libertadores.
Essa visão gerou um grande debate sobre a importância dos campeonatos estaduais, com alguns defendendo que eles são parte fundamental da história do futebol brasileiro, enquanto outros consideram que esses torneios perderam relevância ao longo dos anos.
Em suma, o "tapetão" é uma prática que vai além do esporte. Ele levanta discussões sobre justiça e legitimidade tanto no futebol quanto na política. Enquanto para alguns, ele representa uma forma legítima de corrigir erros cometidos no âmbito administrativo, para outros, é uma maneira de distorcer o resultado do que foi conquistado dentro de campo.
No fim das contas, o "tapetão" continua a ser uma parte polêmica da cultura esportiva brasileira, especialmente quando envolve clubes de grande relevância, como o Fluminense, a Portuguesa, o Bahia e o Grêmio. O debate sobre sua validade ainda divide opiniões, e certamente, o termo continuará a ser usado nos próximos anos sempre que novas decisões jurídicas interferirem no resultado das competições.
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