Netshoes e Peleja se unem em série de documentários sobre relação de times do nordeste e música

Conteúdo | 09/09/2024

 Série analisa a influência da música no futebol de três estados brasileiros; primeiro episódio mostrou a torcida do Paysandu, time de Belém, no Pará. Viagem pela “Jamaica Brasileira” revela como a torcida do maior time maranhense se identifica com ritmo eternizado por Bob Marley

Dentro do campo, quem incentiva a equipe a dar o seu melhor é o canto da torcida. Mas, e fora dele, o que é que anima os torcedores a extravasar todo o seu amor pelo time do coração? É isso que o Peleja, em parceria com a Netshoes, e-commerce de artigos esportivos e lifestyle, foi investigar e traduziu o que encontrou em Belém (PA), São Luís (MA) e Salvador (BA), em três episódios da série Subculturas. O segundo, com a torcida do Sampaio Corrêa e o reggae, foi ao ar no último sábado (7).

O futebol e o reggae são dois dos patrimônios culturais mais importantes de São Luís, e o Sampaio Corrêa uniu esses universos de forma única. Com uma história centenária e conhecido como Bolívia Querida, o time fortalece e atualiza as heranças culturais da capital do Maranhão. A cidade teve forte influência das rádios caribenhas na conexão com o ritmo popularizado por Bob Marley no século passado e se tornou a referência do estilo musical no país, ficando conhecida como capital nacional do reggae. 

Esse ritmo dita o tom das arquibancadas e de todos os cantos da cidade e ajudou a criar uma das identidades futebolísticas mais reconhecidas do Brasil. Não há Sampaio Corrêa sem reggae e não há reggae sem Sampaio Corrêa no Maranhão. Foi nessa toada que nasceu a Sampaio Roots, primeiro movimento de torcida do clube apoiado na cultura do ritmo musical e na filosofia rastafari. “Vamos formar um bonde com as cores do reggae. Vamos formar um bonde com a ideologia da paz, da unidade, onde o pai possa trazer a filha com tranquilidade, onde um amigo possa fazer a festa na arquibancada e também se sentir seguro”, conta Badinho, presidente da agremiação, sobre a sua formação há mais de 10 anos. 

E é a partir desse movimento cultural mantido por uma das maiores torcidas do Maranhão que Pedro Brienza, do Peleja, vai conhecer o famoso Magno Roots e desbravar a ilha de São Luis, conhecer o Museu do Reggae, as periferias, os points e a evolução das radiolas - equipamentos de som usados nas apresentações do ritmo, para entender mais profundamente essa ligação tão forte entre o reggae, o futebol e torcedor maranhense.

“O futebol é a paixão do brasileiro por natureza e está ligado a todo tipo de cultura. Esse olhar que o Pelejo decidiu imprimir na nova temporada do Subculturas tem tudo a ver com o nosso novo posicionamento de marca”, afirma Fabio OiKawa gerente de marca da Netshoes. “Por isso, embarcamos de cabeça junto com eles para saber mais sobre esses ritmos, essa relação intensa entre esporte e a música regional”.

“É uma descoberta. Está sendo louco ter a oportunidade de conhecer tradições e movimentos culturais tão próprios a partir de uma perspectiva que é familiar para mim, que é a do torcedor de futebol”, diz Pedro Brienza, repórter do Peleja.

“A relação sólida que temos com a Netshoes vem proporcionando uma evolução nos conteúdos da parceria, e essa nova temporada do Subculturas é resultado dessa sinergia", afirma Murilo Megale, head comercial da Peleja Media.

Confira o documentário sobre o Sampaio Corrêa e o reggae:

O Paysandu e o tecnobrega

O primeiro episódio dessa temporada do Subculturas, que mostra a relação da torcida do Paysandu com o tecnobrega do Pará, já está no ar. O documentário mostra que, no extremo norte do Brasil, existe uma cena de futebol que reina na Amazônia e em toda região. Com torcidas maiores do que a de clubes que frequentam a Série A do Brasileirão, o futebol faz parte da rotina de quem mora em Belém. Junto a isso, uma cultura efervescente, que teve influências musicais caribenhas e, por meio das ondas do rádio, se juntaram à forte cultura indígena para trazer o tecnobrega ao topo das paradas no Pará.

A catarse começa nos estacionamentos do Mangueirão, estádio paraense icônico, em sons automotivos que tomaram o local e seguem rumo às ruas da capital. Bem diferente dos famosos gritos de guerra das arquibancadas, o que se ouve é tecnomelody, é o rock doido, vertentes do tecnobrega e que fazem muito sucesso nas mixagens dos DJs e outros artistas locais. “Desde que me conheço por gente, essa festa, esses automotivos acontecem aqui no Mangueirão”, afirma Betinho Apollo, torcedor do Paysandu. E há uma mecânica séria, que organiza a parada para não haver confusão de sons. “Eles trazem os carros aqui, colocam um do lado do outro e tiveram a sacada de comprar um transmissor de rádio que transmite um áudio só. Isso tudo é justamente para fazer com que todas as pessoas possam ouvir a mesma coisa”, explica.

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