Julgamento de Lucas Paquetá: entenda acusações, defesa, possíveis punições e repercussão

Conteúdo | 17/03/2025

Lucas Paquetá, meio-campista do West Ham e com diversas passagens pela seleção brasileira, enfrenta um julgamento na Inglaterra sob acusação de envolvimento em um esquema de apostas esportivas. O jogador é suspeito de ter forçado a aplicação de cartões amarelos em partidas da Premier League para beneficiar apostadores, o que configuraria manipulação de resultados (conhecido como spot-fixing). O caso ganhou grande atenção no Brasil e no exterior, levantando dúvidas sobre o futuro da carreira do atleta. A seguir, detalhamos as acusações, a defesa de Paquetá, as possíveis punições (incluindo risco de banimento do futebol), os posicionamentos de entidades como Fifa, Uefa e CBF, e a repercussão do julgamento na mídia e entre especialistas.

As acusações contra Lucas Paquetá e os fatos que levaram ao processo

As acusações contra Paquetá surgiram a partir de uma investigação da Federação Inglesa de Futebol (FA) sobre apostas suspeitas envolvendo jogos do West Ham em que o jogador recebeu cartões amarelos. Em maio de 2024, a FA formalizou uma denúncia acusando Paquetá de violar regras de integridade esportiva em quatro partidas específicas da Premier League. São elas:

  • West Ham vs. Leicester City (12/11/2022) – Paquetá recebeu cartão amarelo.
  • West Ham vs. Aston Villa (12/03/2023) – Paquetá recebeu cartão amarelo.
  • West Ham vs. Leeds United (21/05/2023) – Paquetá recebeu cartão amarelo.
  • West Ham vs. Bournemouth (12/08/2023) – Paquetá recebeu cartão amarelo (jogo de estreia da temporada 2023/24).

Esses quatro cartões amarelos chamaram a atenção porque coincidiram com um padrão incomum de apostas. Relatórios apontam que apostas casadas (múltiplas) foram realizadas prevendo que Paquetá receberia cartão nessas partidas. Em especial, no dia 12 de março de 2023 (West Ham x Aston Villa), identificou-se um volume anormal de apostas combinadas envolvendo o cartão amarelo de Paquetá e também um cartão em jogo do campeonato espanhol (para o jogador Luiz Henrique, então no Real Betis). As duas previsões se confirmaram com ambos os atletas sendo advertidos com cartão.

As suspeitas se agravaram quando foi descoberto que diversas contas foram criadas na casa de apostas Betway (patrocinadora do West Ham) pouco antes desses jogos, e os apostadores depositaram o valor máximo permitido nessas previsões. Muitas dessas apostas suspeitas teriam origem no Brasil – incluindo na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, local de nascimento do jogador. Em um dos jogos investigados, uma aposta de apenas 7 libras gerou um ganho de até 100 mil libras ao acertar que Paquetá seria punido com cartão, dada a alta cotação da aposta. Esses indícios sugerem a possível participação de pessoas próximas ao atleta no esquema, já que Paquetá supostamente teria forçado o cartão de propósito para que terceiros lucrassem.

A investigação da FA teve início em agosto de 2023, após alerta do sistema Sports Radar – órgão de monitoramento de apostas – sobre esse padrão anormal. Paquetá passou a ser formalmente investigado desde então, o que inclusive impactou uma possível transferência milionária para o Manchester City: em meio às suspeitas, o clube inglês desistiu de contratar o jogador, apesar de ter apresentado uma oferta de 70 milhões de libras ao West Ham. Em 23 de maio de 2024, após nove meses de inquérito, a FA anunciou as acusações formais contra Paquetá, listando as quatro violações às regras de apostas relacionadas aos jogos mencionados.

Argumentos da defesa de Paquetá e recursos legais

Desde que as suspeitas vieram à tona, Lucas Paquetá nega categoricamente qualquer envolvimento irregular. Assim que foi denunciado oficialmente, o jogador se manifestou nas redes sociais expressando surpresa e indignação com as acusações. Paquetá afirmou ter cooperado com todas as etapas da investigação da FA, fornecendo as informações solicitadas, e disse que lutaria com todas as forças para limpar seu nome. “Nego as acusações na íntegra e lutarei com todas as minhas forças para limpar meu nome. Devido ao processo em andamento, não fornecerei mais comentários”, declarou o meia em maio de 2024. Seu posicionamento tem sido de inocência, alegando que nunca se envolveu em manipulação de resultados, e pessoas próximas ao atleta reforçam que não há provas diretas ligando-o a um esquema de apostas – apenas coincidências estatísticas que estão sendo investigadas.

No julgamento que se iniciou em 17 de março de 2025, Paquetá conta com advogados especializados em direito esportivo para apresentar sua defesa diante de uma Comissão Independente designada pela FA. Nessa audiência inicial, que deve durar aproximadamente três semanas, tanto a acusação (FA) quanto a defesa de Paquetá apresentam suas evidências e argumentos. Caso o veredicto dessa Comissão seja desfavorável a Paquetá, ele ainda terá direito a recursos: a decisão inicial pode ser apelada a um Comitê de Apelação da própria Federação Inglesa. Persistindo a condenação após a instância de apelação interna, a defesa pode recorrer em última instância à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça. Todo esse processo pode ser longo – estima-se que uma sentença definitiva possa levar mais de um ano para sair, considerando possíveis recursos em todas as instâncias.

Importante destacar que, até que haja uma conclusão final, Paquetá tem permanecido em atividade normal pelo West Ham e pode continuar jogando. Diferentemente de outros casos, a FA não impôs uma suspensão preventiva ao jogador durante a investigação, então ele continuou sendo escalado pelo clube inglês e inclusive voltou a ser convocado à seleção brasileira em 2024. A CBF chegou a afastá-lo das convocações no fim de 2023 por precaução, a pedido do então técnico interino Fernando Diniz. Contudo, diante da falta de avanços rápidos no caso e acreditando na versão do atleta, a comissão técnica posterior (sob comando de Dorival Júnior) optou por convocá-lo novamente em março de 2024, mostrando confiança na sua inocência. Paquetá, portanto, segue atuando enquanto “joga o jogo da sua vida” nos tribunais, como descreveu a imprensa inglesa, em busca de provar que não cometeu infração.

Possíveis punições em caso de condenação (banimento do futebol?)

A gravidade das acusações coloca Lucas Paquetá sob risco de punições severas caso seja considerado culpado. A Federação Inglesa de Futebol sinalizou, já no início do julgamento, que irá pedir o banimento do atleta do futebol. Segundo veículos britânicos, como o jornal The Sun, a FA estaria disposta a aplicar a pena máxima (banimento vitalício) se as evidências confirmarem que Paquetá manipulou resultados para favorecer apostas. Na prática, isso significaria uma exclusão definitiva de qualquer competição organizada pela FA, Premier League e possivelmente estendida mundialmente via Fifa.

Embora o banimento perpétuo seja uma possibilidade extrema, casos anteriores indicam que punições longas não são incomuns em situações de manipulação. A FA cita exemplos como o do zagueiro Kynan Isaac (do Stratford Town), suspenso por 10 anos, e de Bradley Wood (ex-Lincoln City), banido por 6 anos (seis temporadas) após admitirem ter forçado cartões amarelos propositalmente para ganhar apostas. Esses precedentes servem de referência para demonstrar que, no entendimento das autoridades esportivas, manipular deliberadamente um aspecto do jogo em prol de apostas é uma infração gravíssima, passível de punições exemplares.

Além do âmbito nacional, existe o possível gancho em esfera internacional. O Código de Ética da Fifa proíbe atletas de apostarem ou colaborarem com apostas em futebol e prevê suspensão de até 3 anos, além de multa mínima de 100 mil francos suíços (cerca de R$ 530 mil) para infratores. Ou seja, pelas regras gerais da Fifa, um jogador envolvido direta ou indiretamente em apostas ilícitas pode pegar até três anos de afastamento das atividades relacionadas ao futebol. No entanto, vale notar que as federações nacionais têm autonomia para aplicar sanções mais duras conforme seus regulamentos internos, especialmente se caracterizada manipulação de resultados. Se Paquetá for punido pela FA na Inglaterra, a tendência é que a entidade solicite à Fifa a extensão da pena em nível mundial, impedindo-o de atuar em qualquer país. A Fifa geralmente homologa esse tipo de suspensão globalmente em casos de corrupção esportiva, o que significaria que Paquetá não poderia simplesmente escapar transferindo-se para outra liga.

Portanto, as possíveis punições variam desde multas e suspensões temporárias (de alguns meses ou anos) até o afastamento por muitos anos ou mesmo permanente do futebol profissional. No cenário mais brando, ele poderia receber algo similar a outros jogadores punidos recentemente por violar regras de apostas – por exemplo, Ivan Toney, atacante do Brentford, pegou 8 meses de suspensão por apostas ilícitas (embora sem acusação de manipulação) e os meio-campistas Sandro Tonali (Newcastle) e Nicolo Fagioli (Juventus) foram suspensos por 10 e 7 meses, respectivamente, em 2023 por envolvimento com apostas. Já no cenário mais duro, tratando-se de manipulação deliberada (spot-fixing), Paquetá encararia uma sanção de vários anos longe dos gramados ou até o banimento total, o que praticamente encerraria sua carreira ao mais alto nível. As autoridades deixaram claro que pretendem tolerância zero com esse tipo de conduta.

Declarações e posicionamentos da Fifa, Uefa e CBF sobre o caso

A repercussão do caso Paquetá chegou aos ouvidos das principais entidades do futebol mundial. Gianni Infantino, presidente da Fifa, foi questionado publicamente sobre o tema em junho de 2024, durante um evento em Paris. Sem citar Paquetá nominalmente, Infantino defendeu “tolerância zero” a jogadores envolvidos em apostas esportivas e afirmou que aqueles comprovadamente culpados “devem ser severamente punidos”. O mandatário da Fifa ressaltou que atletas sabem que não podem apostar em competições de futebol e que cada caso deve ser investigado com rigor. Ele também ponderou que não se deve julgar antecipadamente: é preciso apurar os fatos com seriedade e, caso se confirmem violações, aplicar sanções proporcionais . Essa declaração indica que a Fifa acompanha de perto episódios como o de Paquetá e respalda medidas duras contra manipulação, alinhada ao recente histórico de punições na Inglaterra e Itália.

No âmbito da Uefa, embora não haja declarações públicas específicas de dirigentes sobre Paquetá, a entidade europeia tradicionalmente apoia as federações nacionais no combate à manipulação de resultados. A Uefa possui regulamentos próprios anti-corrupção e frequentemente coopera com investigações de apostas. Se Paquetá viesse a ser punido, ele também ficaria impedido de disputar competições organizadas pela Uefa (Champions League, Europa League, etc.), uma vez que qualquer suspensão ratificada pela Fifa ou pela FA seria reconhecida internacionalmente. Em suma, pode-se dizer que a Uefa mantém a mesma linha de tolerância zero à manipulação e confiaria às autoridades inglesas e à Fifa a condução do caso, prontamente acatando uma eventual sanção para barrar o atleta de torneios europeus.

Já a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adotou inicialmente uma postura cautelosa em relação ao caso Paquetá. Em agosto de 2023, quando surgiram os primeiros indícios, a comissão técnica da seleção (sob Fernando Diniz) optou por retirar Paquetá da lista de convocados para protegê-lo e aguardar esclarecimentos, decisão que o próprio Diniz afirmou ser “o que tinha que ser feito” diante da situação delicada. A CBF, porém, não aplicou nenhuma punição formal ao jogador no âmbito doméstico, até porque os supostos fatos ocorreram no futebol inglês. Em maio de 2024, questionado se Paquetá poderia ser excluído de competições como a Copa América devido à denúncia na Inglaterra, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, declarou que “a princípio, não há uma condenação contra o atleta, só indícios”, sinalizando que não tomaria medidas precipitadas enquanto o caso não fosse julgado. Ednaldo enfatizou que analisaria o caso junto ao departamento jurídico, mas indicou confiar no processo legal antes de qualquer decisão.

Com o prolongamento das apurações sem conclusão, a CBF gradualmente normalizou a situação de Paquetá na seleção. Em março de 2024, Dorival Júnior (que assumiu interinamente a seleção em alguns jogos) convocou Lucas Paquetá novamente, afirmando junto à direção da CBF que havia segurança suficiente para não restringir a presença do jogador. Essa confiança veio do entendimento de que a investigação não apresentou provas contundentes até então e de que o jogador merecia apoio enquanto não houvesse veredicto. Ou seja, a posição da CBF equilibra a defesa da integridade esportiva – acompanhando de perto as apurações e cooperando no que for necessário, inclusive com uma CPI no Brasil – com a presunção de inocência do atleta até prova em contrário.

Um ponto a se destacar é que o caso Paquetá também repercutiu institucionalmente no Brasil por meio da CPI das Apostas Esportivas no Congresso. Em junho de 2024, a Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava manipulação de jogos no futebol brasileiro aprovou um convite para Paquetá prestar esclarecimentos, já que seu nome aparecia em um caso de aposta suspeita. O relatório final dessa CPI inclusive recomendou o indiciamento de pessoas ligadas a Paquetá, como um tio do jogador, caso ficasse comprovado envolvimento no esquema. Embora isso não seja um posicionamento da CBF em si, demonstra como o tema ganhou proporções maiores, com autoridades brasileiras interessadas em apurar possíveis ramificações do caso no país.

Repercussão do julgamento no Brasil e no exterior

O julgamento de Lucas Paquetá repercutiu fortemente tanto na imprensa brasileira quanto na mídia internacional, gerando inúmeras análises e opiniões de especialistas. No Brasil, veículos esportivos e gerais acompanham de perto cada desdobramento – portais como Globo Esporte (ge), O Globo, UOL, ESPN, entre outros, publicaram matérias detalhando o caso e suas implicações. A cobertura brasileira enfatiza os riscos à carreira de um jogador talentoso, campeão da Copa América de 2019 e titular na Copa do Mundo de 2022, agora envolvido em uma possível trama de corrupção esportiva. Especialistas em direito esportivo têm sido frequentemente consultados: muitos explicam o funcionamento do processo disciplinar, destacando que as evidências baseiam-se em padrões de apostas e não em flagrantes diretos, o que torna o caso complexo e sem um desfecho imediato. Ainda assim, há um consenso de que, se a participação de Paquetá no esquema for comprovada, isso representará uma das maiores decepções recentes do futebol brasileiro, exigindo punição exemplar para desencorajar novos casos.

No exterior, a história ganhou destaque sobretudo na Inglaterra – onde Paquetá atua – e em outros países europeus. Jornais britânicos de grande circulação, como The Guardian e Daily Mail, e canais esportivos como Sky Sports têm feito ampla cobertura do caso. O tom geral da imprensa inglesa é de que Paquetá enfrenta o “maior jogo de sua vida” fora dos campos, com seu futuro no esporte em xeque. Chegou-se a classificar o escândalo como “o maior caso de corrupção no futebol inglês em décadas” , dada a raridade de ver um jogador de Premier League e de seleção envolvido em suspeita de manipulação de aposta. Analistas internacionais apontam que, diferentemente de outros casos recentes de apostas (que envolveram jogadores apostando por conta própria em resultados, como Ivan Toney), o de Paquetá indica uma possível conspiração para manipular um evento do jogo, o que é considerado ainda mais grave por afetar diretamente a integridade da partida.

A reação entre torcedores e clubes também merece menção. Torcedores do West Ham ficaram apreensivos com a situação; Paquetá é um dos destaques técnicos do time, e seu eventual afastamento seria um duro golpe esportivo. Até o momento, o West Ham tem adotado cautela: o técnico David Moyes e a diretoria manifestaram poucas palavras públicas, limitando-se a dizer que cooperam com as autoridades e apoiam o jogador enquanto ele estiver apto a atuar. Nos bastidores, porém, reportagens sugerem que o clube teme que a carreira de Paquetá sofra um fim prematuro caso ele seja considerado culpado, o que obrigaria o West Ham a repensar planos esportivos e financeiros (afinal, o jogador foi contratação cara e valorizada).

A opinião de comentaristas e ex-jogadores se divide entre a surpresa e a condenação. Muitos manifestam surpresa e tristeza por ver um atleta do nível de Paquetá envolvido em algo assim, ponderando que ele sempre teve comportamento profissional e não precisa de artifícios ilícitos. Por outro lado, se comprovada a culpa, há unanimidade de que uma punição dura será necessária como medida pedagógica. O caso também reforçou debates sobre a crescente influência das apostas esportivas no futebol – assunto em voga tanto no Brasil, que tem enfrentado escândalos em campeonatos regionais, quanto na Europa, onde as ligas endureceram regras contra apostas para atletas. Em resumo, a trajetória de Paquetá saiu das páginas esportivas para se tornar um caso policial e ético, acompanhado com atenção mundial. O desenrolar desse julgamento nas próximas semanas será fundamental para definir não apenas o destino do jogador, mas também para passar uma mensagem clara sobre os limites inegociáveis da honestidade no esporte.


Perguntas frequentes sobre o caso Lucas Paquetá (FAQ)

Quais são as acusações contra Lucas Paquetá?
Paquetá é acusado de envolvimento em um esquema de apostas esportivas na Inglaterra. A Football Association (FA) alega que o jogador recebeu cartões amarelos de propósito em quatro jogos da Premier League (entre 2022 e 2023) para favorecer apostas feitas por pessoas próximas. Essas partidas tiveram um volume anormal de apostas combinando o cartão de Paquetá, sugerindo que ele teria manipulado esse detalhe do jogo para gerar lucro indevido aos apostadores.

Como Lucas Paquetá se defende dessas acusações?
O jogador nega veementemente qualquer irregularidade. Paquetá afirma que jamais participou de manipulação de resultados e que ficou “surpreso e chateado” com as acusações. Ele cooperou com a investigação da FA, entregando informações solicitadas, e disse que lutará para provar sua inocência. Seus advogados apresentaram defesa no julgamento afirmando que não há evidências diretas contra ele e que os cartões foram circunstanciais, não intencionais .

Que punições Paquetá pode receber se for considerado culpado?
Se for considerado culpado pela comissão da FA, Paquetá pode enfrentar sérias punições. A FA indicou que pedirá o banimento do jogador do futebol, podendo chegar a um suspensão vitalícia nas competições inglesas. Punições mais comuns em casos de apostas variam de multas pesadas e suspensões de meses ou anos (como outros atletas que violaram regras de apostas recentemente ) até vários anos de gancho por manipulação deliberada. A FIFA também pode estender a punição globalmente – seu código de ética prevê até 3 anos de suspensão e multa mínima de 100 mil francos suíços para jogadores envolvidos com apostas ilegais. Ou seja, no pior cenário, Paquetá poderia ficar afastado do futebol por anos ou mesmo permanentemente, dependendo da gravidade comprovada.

O que disseram Fifa, Uefa e CBF sobre o caso?
A Fifa, por meio do presidente Gianni Infantino, defendeu tolerância zero a jogadores envolvidos em apostas e disse que culpados devem ser “severamente punidos” , embora sem citar nomes, mostrando que apoia punições exemplares se a fraude for confirmada. A Uefa não se manifestou diretamente sobre Paquetá, mas historicamente apoia medidas duras contra manipulação de jogos – qualquer suspensão imposta na Inglaterra e referendada pela Fifa impediria Paquetá de atuar em competições europeias também. Já a CBF adotou cautela: inicialmente tirou Paquetá de convocações por precaução, mas depois o reconvocou confiando na sua palavra e na ausência de prova concreta até o momento. O presidente da CBF declarou que não existe condenação, só indícios, preferindo aguardar o desfecho do processo antes de qualquer ação contra o jogador.

Como esse caso afetou a carreira e a imagem de Paquetá?
As acusações tiveram impacto imediato na carreira de Paquetá. Em 2023, elas custaram ao jogador uma transferência já bem encaminhada para o Manchester City – o clube desistiu da contratação de £70 milhões após o escândalo se tornar público. Paquetá também ficou temporariamente fora da seleção brasileira, prejudicando sua imagem esportiva. Embora ele tenha mantido boa performance em campo pelo West Ham, a situação gera desconfiança e desgaste. Sua reputação ficou sob escrutínio público, com torcedores e imprensa divididos entre dar um voto de confiança ou reprovar a suposta conduta. Se inocentado, ele terá que reconstruir a confiança e limpar seu nome; se condenado, sua carreira de alto nível pode ser interrompida por longo período ou encerrada, manchando para sempre sua trajetória.

Quando sairá o resultado do julgamento de Lucas Paquetá?
O julgamento iniciado em março de 2025 deve ter sessões ao longo de três semanas para ouvir todas as partes e analisar as evidências. Espera-se uma decisão da Comissão Independente da FA possivelmente algumas semanas após o término das audiências. No entanto, esse não será necessariamente o fim: caso haja recurso, o processo continuará em instâncias superiores (Comitê de Apelação da FA e possivelmente o CAS). Por isso, uma sentença definitiva pode demorar mais alguns meses ou até mais de um ano para sair, dependendo dos recursos. Enquanto isso, Paquetá permanece liberado para jogar, aguardando o veredicto final que definirá seu futuro no futebol.

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