Com desfile de encerramento em Paris, Brasil finaliza melhor campanha da história em Jogos Paralímpicos

Conteúdo | 09/09/2024

Com dobradinha na canoagem e recorde no halterofilismo, Brasil conquistou três medalhas no último dia de provas

Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 terminaram com uma campanha histórica para o Brasil. A delegação brasileira bateu recordes paralímpicos, mundiais, de pódios e de medalhas de ouro, com direito a mais duas no último dia de competição, com a carioca Tayana Medeiros na categoria até 86kg do halterofilismo, e com o sul-mato-grossense Fernando Rufino na prova dos  200m VL2 da canoagem. A cerimônia de encerramento, na qual o Brasil teve como porta-bandeiras os campeões paralímpicos Carol Santiago, da natação, e Fernando Rufino, da canoagem, foi realizada neste domingo (8), no Stade de France, na capital francesa.

O Brasil terminou em quinto lugar no quadro de medalhas com um total de 89 pódios (25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes). Esta foi a meta estabelecida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em 2016, no Rio de Janeiro, mas não foi alcançada. No planejamento estratégico feito em 2017, e revisado em 2021, a meta para Paris era conquistar entre 70 e 90 medalhas e alcançar o top-8 em ouros.

“Em cada brasileiro, hoje, pulsa um coração paralímpico, então, eu quero agradecer demais o empenho, os jogos foram extensos. Resultados tão extraordinários proporcionados pelos nossos atletas aqui. O resultado dos Jogos Paralímpicos foi excepcional, mas não dá para falar sobre esse resultado sem voltar a 2017, quando a gente elaborou o nosso plano estratégico e que foi uma bússola ao longo dos últimos oito anos, foi ele quem nos guiou até aqui”, disse Mizael Conrado, bicampeão paralímpico como jogador de futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

“O Brasil me deu muito orgulho aqui em Paris. Uma campanha com 89 medalhas, 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. Uma campanha que poderia ter sido ainda melhor. Basta a gente lembrar que perdemos duas provas por dois centésimos. Eu não consigo nem ter ideia de quanto é dois centésimos. Então, é realmente uma campanha irretocável, maior quantidade de medalhas no total, maior de ouro, número total de medalhas, de 72 para 89, nossa meta era de 75 a 90”, complementou Mizael. 

Recordes do Brasil nas Paralimpíadas

  • Top-5: Pela primeira vez na história o Brasil encerrou entre os cinco melhores dos Jogos Paralímpicos no quadro de medalhas. Foram 25 ouros, o que deixou o país atrás apenas de China (94), Reino Unido (49), Estados Unidos (36) e Holanda (27).

  • Recorde de medalhas em uma edição: Os 89 pódios fazem da campanha do Brasil em Paris a melhor na história dos Jogos Paralímpicos, superando em 17 pódios os 72 obtidos em Tóquio 2020 e no Rio 2016.

  • Recorde de ouros: O Brasil superou o número de medalhas de ouro conquistadas em uma única edição, com 25 ao todo. O recorde anterior, 22, foi registrado em Tóquio 2020. 

  • Recorde de medalhas em um dia: No penúltimo dia de competição, o Brasil conquistou 16 medalhas: seis de ouro, três de prata e sete de bronze. Foi o mais vitorioso na história do megaevento.

  • Recorde de participação feminina: Em Paris, dos 255 atletas com deficiência convocados, 117 eram mulheres, ou 45,88% do total dos competidores, o que representa a maior convocação feminina brasileira na história dos Jogos Paralímpicos, tanto em quantidade quanto em termos percentuais. Os numeros superaram os do Rio 2016 quando o Brasil teve 102 mulheres, o que representou 35,17% do total da delegação.

  • Recordes Mundiais: Os brasileiros bateram seis recordes mundiais. No atletismo, com o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, nos 1500m T11; com o paulista Júlio César Agripino dos Santos, nos 5000m T11; com a acreana Jerusa Geber, nos 100m T11; com a maranhense Rayane Soares da Silva, nos 400m T13; e com a paulista Beth Gomes, no arremesso de peso F53. Na natação, o recorde mundial veio com o mineiro Gabriel Araújo, nos 150m medley SM2.

  • Recordes Paralímpicos: O Brasil também quebrou oito recordes paralímpicos em Paris. No atletismo, com o mineiro Claudiney Batista dos Santos, no lançamento de disco, classe F56; com a paulista Beth Gomes no lançamento de disco F53, e com a acreana Jerusa Geber, nos 200m T11. Na canoagem, com o sul-mato-grossense Fernando Rufino, nos 200m VL2. No halterofilismo, com a paulista Mariana D’Andrea na categoria até 73kg; e com a carioca Tayana Medeiros na categoria até 86kg. Na natação, com a carioca Lídia Vieira da Cruz nos 50m livre S4; e com a pernambucana Carol Santiago, nos 50m livre S12.

  • Medalhas inéditas: No badminton, o paranaense Vitor Tavares conquistou o bronze na classe simples SH6. No tiro esportivo, o paulista Alexandre Galgani conquistou a prata na classe R5 carabina de ar 10m, posição deitado misto SH2. E no triatlo, o paranaense Ronan Cordeiro conquistou a prata na classe PTS5.

  • Brasileira maior medalhista de ouro: A nadadora pernambucana Carol Santiago subiu três vezes ao lugar mais alto do pódio em Paris e se tornou a brasileira com mais medalhas paralímpicas douradas na história. Ela tem agora seis ouros, o recorde anterior era de Ádria Santos, que tem quatro. No total, Carol Santiago soma 10 pódios.

A delegação brasileira

Esta é a maior missão brasileira em uma edição do megaevento fora do Brasil, superando os 259 convocados de Tóquio 2020, que também havia sido à época a missão com mais atletas em terras estrangeiras. O número só não supera o registrado nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas com deficiência. Naquela edição, o Brasil participou de todas as 22 modalidades por ser o país-sede da competição.

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